05 dicas para cuidar bem do seu cachorro

 Com algumas orientações simples, torna-se possível cuidar adequadamente dos cachorros e garantir sua saúde e bem-estar. Ter um cachorro é maravilhoso. Infelizmente, eles não vêm com um manual de instruções e, para os tutores inexperientes, pode ser desafiador cuidar adequadamente dos nossos melhores amigos. Muitas vezes, tomamos atitudes cotidianas sem perceber os danos que podem causar, como alimentar os cães com restos de comida humana.

Apesar disso, os cachorros são seres adoráveis para conviver. Eles têm suas necessidades, é verdade, mas a atenção, cuidado, proteção, educação e carinho são as principais razões para adotar um peludo.


Quando se adota um cachorro, é importante estar ciente de que estamos assumindo um compromisso de longo prazo: a maioria dos cães vive entre 12 e 15 anos, mas alguns chegam facilmente aos 20 anos. É necessário estar disposto a abrir mão de algumas coisas para garantir o bem-estar dos nossos queridos companheiros de quatro patas.

01 -Garanta uma alimentação adequada

Existem várias opções de alimentos disponíveis no mercado. Para garantir a saúde e qualidade de vida dos cachorros em diferentes estágios, é ideal escolher rações premium e super premium, considerando a disponibilidade financeira dos tutores. Embora mais caras, essas rações oferecem todos os nutrientes necessários. Outra opção é preparar comida caseira, mas é importante ter tempo para cozinhar diariamente e garantir a combinação correta de gorduras, proteínas, açúcares, vitaminas e sais minerais. É importante evitar o excesso de gordura na dieta, pois pode levar à obesidade. Consultar um veterinário também é importante, pois ele pode recomendar suplementos nutricionais, se necessário.

Algumas rações rotuladas como "standard" podem ser utilizadas, mas é fundamental conversar com o veterinário para garantir que atendam às necessidades nutricionais do cachorro.

02- Monitore a quantidade de alimento

Alguns cães têm tendência a comer de forma voraz, o que pode levar a problemas de sobrepeso e obesidade a longo prazo. Os cães maiores, que engolem a comida rapidamente, podem ter problemas gastrointestinais, como torção gástrica. Para lidar com isso, é recomendado oferecer porções menores de comida, várias vezes ao dia.

Mesmo assim, a maioria dos cães está sempre em busca de comida, o que é um comportamento instintivo. Na natureza, eles nunca sabem quando será a próxima refeição. Portanto, os tutores precisam resistir aos pedidos insistentes até que os cães se ajustem à rotina alimentar.

Se houver a necessidade de trocar a marca da ração, é importante consultar o veterinário antecipadamente. É essencial ler os rótulos com atenção para garantir que o novo produto atenda a todas as necessidades nutricionais do cachorro, o que pode exigir porções maiores ou menores.


Mantenha o cachorro longe de alimentos destinados a humanos, pois alguns são totalmente contraindicados, como alho, cebola, uvas, abacate e chocolate. Além disso, a comida humana geralmente é mais condimentada do que o recomendado para os cães.

03- Não esqueça da importância da água.

A água desempenha um papel essencial na vida. Embora não forneça nutrientes, é fundamental para manter todas as células do organismo hidratadas. Alguns cães não têm o hábito de beber líquidos regularmente, mas é importante que os tutores estimulem a ingestão de água.

Nos dias quentes, por exemplo, podemos oferecer picolés para os peludos. Basta congelar um petisco em uma forma de gelo e oferecer o cubo. Mesmo que o petisco não seja o favorito do cão, a curiosidade vai levá-lo a lamber o cubo até descobrir o que está escondido dentro.

Brincadeiras com água também são bem-vindas e a maioria dos cães se diverte com isso. Não é necessário ter uma piscina disponível para eles, uma bacia, mangueira ou mesmo um spray já proporcionam diversão. Algumas raças adoram nadar e mergulhar, mas uma brincadeira de espirrar água diverte cães de todas as idades e tamanhos.

04- Respeite o porte, idade e gênero do cão.

O relacionamento com os cães é uma experiência de longo prazo, na qual os tutores passam por diversas fases com seus melhores amigos, desde a curiosidade incansável dos filhotes até a tranquilidade e equilíbrio dos cães idosos.

É importante também respeitar o porte dos cães. Para raças pequenas, como maltês ou shih tzu, subir um degrau pode ser um desafio, enquanto um dogue alemão pode saltar uma escada sem problemas. Para cães pequenos, é recomendado providenciar rampas de acesso e garantir que eles não corram riscos de cair de janelas, escadas ou sofás. Cães de raças grandes, naturalmente, necessitam de mais espaço, sendo desaconselhado criá-los em apartamentos ou casas sem quintal.

Algumas raças caninas apresentam diferenças marcantes entre machos e fêmeas. Por exemplo, o poodle e o husky siberiano. As fêmeas tendem a ser mais carinhosas, mas o comportamento pode ser instável nas cadelas não castradas, devido às variações hormonais.

Garantir a esterilização dos cães é uma responsabilidade importante dos tutores. A castração previne gestações indesejadas, brigas entre machos por fêmeas no cio, fugas e os possíveis acidentes decorrentes disso, como quedas e atropelamentos.

05 - Estabelecer uma rotina de consultas veterinárias é essencial

Manter uma rotina de cuidados com a saúde é algo que muitos brasileiros ainda não consideram uma prioridade, geralmente buscando atendimento médico somente quando estão doentes. No entanto, é necessário mudar esse hábito, pois os cães também requerem atenção veterinária regular.

O acompanhamento cuidadoso do desenvolvimento dos filhotes é fundamental. Além disso, é importante garantir que recebam todas as vacinas e vermífugos necessários. O veterinário também pode identificar eventuais problemas congênitos, os quais podem ser tratados ou curados para assegurar uma boa qualidade de vida.


A partir dos 18 meses de idade, os cachorros podem comparecer ao consultório veterinário uma vez ao ano, para manter a vacinação e a vermifugação em dia, além de monitorar o surgimento de possíveis transtornos ou distúrbios.

Conforme os cães envelhecem, os cuidados veterinários tornam-se mais frequentes. Os cães de grande porte podem entrar na terceira idade por volta dos seis anos, enquanto raças como o dogue de Bordéus são consideradas idosas já aos quatro anos. Em geral, os cães de pequeno porte são considerados adultos saudáveis até os dez ou 12 anos.

Machos e fêmeas não castrados exigem cuidados mais frequentes, especialmente as fêmeas. É comum o desenvolvimento de doenças como a piometra, uma inflamação uterina. Além disso, os cães não esterilizados apresentam maior propensão ao desenvolvimento de cânceres nos testículos, pênis, útero e ovários.

É importante manter sempre à mão os dados do veterinário para casos de emergência, como acidentes traumáticos ou ingestão acidental de substâncias tóxicas.

Se necessário, considere a possibilidade de contratar um seguro de saúde para o seu cão. As despesas médicas podem ser surpreendentes, especialmente quando exames e procedimentos cirúrgicos são necessários.

Algumas faculdades de Medicina Veterinária oferecem serviços gratuitos ou com preços acessíveis, embora geralmente estejam disponíveis apenas para situações de urgência e emergência. Embora sejam poucas as cidades brasileiras com recursos veterinários avançados, os tutores devem explorar todas as opções disponíveis.

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